terça-feira, 7 de maio de 2019







Medicamento é aprovado e pode revolucionar
 combate à depressão, apostam cientistas

Spray nasal, remédio desenvolvido pela Johnson & Johnson será usado em pacientes que não estejam respondendo a outros tratamentos

















Spray nasal à base de esketamina é nova arma contra a depressão (Foto: Getty Images)





Uma nova forma de combate à depressão acaba de ser aprovada pelas autoridades regulatórias nos Estados Unidos. Batizada de Spravato, a droga desenvolvida pela Johnson & Johnson é feita à base da esketamina, um anestésico de potencial alucinógeno que é “gêmeo” da ketamina, e será aplicada na forma de um spray nasal a pacientes com alto grau de depressão que não respondam a outros medicamentos.
A confirmação do registro do novo remédio vem depois de anos de testes, em que a comunidade científica já apostava na esketamina como solução de grande potencial para combater a depressão. Trata-se do primeiro tipo medicamento com este fim desenvolvido nos últimos 35 anos, segundo o Business Insider.
O uso do Spravato, ao menos a princípio, será estritamente controlado. Pacientes que recorrerem ao remédio terão duas sessões semanais no primeiro mês de treinamento e, depois, uma aplicação semanal ou quinzenal, a depender dos resultados obtidos e das sessões cobertas pelos planos de saúde.

De acordo com o noticiário Market Watch, as expectativas de Wall Street para a droga são otimistas. Analistas acreditam que a Johnson & Johnson conseguirá cerca de US$ 600 milhões em vendas anuais até 2022.Além disso, o tratamento é caro: cada sessão custa entre US$ 590 (R$ 2,2 mil) e US$ 885 (R$ 3,3 mil), dependendo da dosagem utilizada. De acordo com as recomendações, o primeiro mês de tratamento, por exemplo, custaria entre US$ 4.720 (R$ 17,8 mil) e US$ 6.785 (R$ 25,5 mil). Os meses posteriores devem custar entre US$ 2.360 (R$ 8,9 mil) e US$ 3.540 (R$ 13,3 mil). E, além disso, o uso do Spravato só será feito acompanhando outros medicamentos antidepressivos tradicionais.
Há grande expectativa de que o novo produto ajude a tratar uma das doenças mais recorrentes em todo o mundo. São mais de 320 milhões de pessoas que sofrem com o problema no planeta, afirma a Organização Mundial da Saúde, e houve um crescimento na casa dos 18% na última década. Também de acordo com a OMS, a depressão é responsável por cerca de 38% das licenças motivadas por transtornos mentais e comportamentais.
Os efeitos

Princípio ativo do remédio da Johnson & Johnson aprovado pela Food & Drug Administration (FDA), a esketamina é um enantiômero da ketamina. Ou seja, uma molécula “espelhada” desta outra. Embora contenha os mesmos elementos químicos da ketamina, a nova droga pode ter efeitos fisiológicos diferentes.
Mais conhecida do grande público, a ketamina é utilizada normalmente como anestésico para animais de grande porte, como cavalos. Mas também se popularizou como uma droga usada por jovens em festas, em função de seus efeitos alucinógenos e dissociativos.
Depressão (Foto: Getty Images)


A esketamina tem efeitos semelhantes, segundo os estudiosos envolvidos na aprovação do Spravato - e também por isso o uso será controlado. Mas os testes registrados mostraram que ela pode ser consumida de forma segura e representar “uma grande mudança” no combate à depressão, segundo Steven Meisel, diretor de segurança de medicamentos da Fairview Health Services.
O potencial antidepressivo da ketamina e da sua “gêmea” quase idêntica é explorado há alguns anos. A substância atua em uma parte diferente do cérebro em relação a outros antidepressivos normalmente usados, que têm basicamente a função de refazer os caminhos para a transmissão da serotonina (um hormônio regulador de humor).
O uso, entretanto, não vem sem efeitos colaterais: nos testes da Johnson & Johnson, mais de um terço dos pacientes relatou a sensação dissociativa de “estar fora do corpo”, diz o Business Insider. Uma proporção semelhante também disse ter sentido tontura e náuseas.
Para entender melhor esses efeitos, a FDA determinou que, nas primeiras aplicações, o paciente esteja acompanhado de um profissional da saúde que o monitore pelas horas seguintes. Somente algumas clínicas certificadas terão a permissão de aplicar o tratamento.
Espera-se que, em breve, outros laboratórios farmacêuticos, como Allergan e Sage, consigam aprovações para medicamentos semelhante soa da Johnson & Johnson.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Dinheiro Público nas mãos de Irresponsáveis.

Antes de iniciar este post, quero deixar bem claro que de forma alguma, faço aqui discriminação de qualquer tipo, a questão a ser lançada é o uso indevido do dinheiro público, fosse um produto para hetero ou homossexual, seria aqui tratado da mesma forma, a notícia nem é tão nova assim, mas mau uso de dinheiro publico é sempre um assunto atual, acredito que quem tem bom senso, concorda comigo, senão deixa no final a sua opinião, ela faz muita diferença para o blog.

Se você lançar no Google a frase " Caos na Saúde" irá aparecer aproximadamente 3.050.000 resultados, ou seja é comum o Brasil viver nesta situação. Não devemos nos esquecer que a muito pouco tempo que Rondônia decretou estado de calamidade pública na saúde.

O ministro da Saúde enlouqueceu de vez. Falta verba para comprar medicamentos para hemofílicos e para bolsas de coletas de sangue. Mas Temporão mandou comprar 15 milhões de lubrificantes KY para distribuir aos gays. Vai torrar cerca de R$ 40 milhões.

Recentemente, o ministro mandou distribuir pênis de borracha e uma cartilha ensinando as técnicas mais prazeirosas do sexo anal. É o Bolsa-Boiola. Temporão está confundindo a defesa da liberdade de opção sexual com boa administração do dinheiro público. Sucumbiu à "Gaystapo", as patrulhas do movimento GLS. Chegou a hora de reagirmos contra as loucuras desse ministro.

O Artigo 5 da Constituição garante uma série de direitos fundamentais e inalienáveis, como a liberdade de expressão, de opinião, de credo, de organização política, etc e etc. Não fala da liberdade de opção sexual, mas acredito que devemos respeitá-la por interpretação complacente -- ou por simples amor à democracia, aos direitos civis e o respeito ao próximo. Portanto, é dever do Estado proteger as minorias sexuais da discriminação e da violência. Assim como criar políticas próprias de saúde, em especial para o controle da AIDS.

Na quarta-feira 17 de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou a última extravagância de seu ministro, José Gomes Temporão -- o edital de licitação número 142/2008, para a aquisição de 15 milhões de sachês de gel lubricante à base de água, o conhecidos KY, geralmente usado para facilitar o sexo anal (leia parte do edital ao final deste artigo e a íntegra no documento abaixo).

O pregão do KY será às 10 horas da manhã da próxima segunda-feira 22 de dezembro. Tudo muito rápido, para não dar na vista. O Erário deve gastar cerca de R$ 40 milhões, calcula o funcionário do Ministério da Saúde que me forneceu o edital.

Está sendo preparado por um assessor do círculo íntimo de Temporão um outro edital semi-secreto para a compra de 1 bilhão de camisinhas. Os armazens do ministério estão neste momento abarrotados de preservativos para serem distribuídos à população. Mas Temporão decidiu comprar mais 1 bilhão de camisinhas já lubrificadas. A licitação vai sair do armário na próxima semana. Está programada para o dia 29 de dezembro, no apagar das luzes do ano. Deve consumir outro R$ 1 bilhão dos cofres públicos. Por que tanta pressa? Por que tanto discrição com o dinheiro público?

A fonte das informações acima esclarece que a única prioridade do ministro Temporão é a comunidade gay e o programa DST-Aids. Os hospitais, isso é público, estão derretendo por falta de verba. Falta dinheiro para toda a sorte de medicamentos essenciais. Neste exato instante, por exemplo, faltam nos hospitais públicos bolsa para coleta de sangue e os hemoderivados fatores VIII e IX da coagulação, essenciais para a sobrevivência dos hemofílicos. O dinheiro está sendo desviado para KY, camisinhas e pênis de borracha.

Recentemente, Temporão mandou comprar e distribuir pênis de borracha para usar em educação sexual e cartilhas ensinando as melhores técnicas de penetração anal entre parceiros do mesmo sexo. Ninguém entendeu direito o que a didática do prazer tem a ver com prevenção à Aids. Agora, ao aparecer com o pregão do KY e de outro bilhão de camisinhas, Temporão está instituindo o Bolsa-Boiola.

LEGISLANDO EM CAUSA PRÓPRIA?

Não acredito, em hipótese alguma, que Temporão esteja legislando em causa própria. Nesse caso, seria prevaricação.

Vale lembrar que Roma teve grandes imperadores bissexuais, como Júlio César e Otávio Augusto, ou mesmo homossexuais convictos, como Adriano. Também teve governantes como Heliogábalo, que usava sua condição de gay para legislar em causa própria. No poder, Heliogábalo perdeu o equilíbrio emocional, passou a se vestir de mulher até chegar ao desplante de entregar todo o poder do império a um de seus favoritos, um escravo!. Heliogábalo fez tantas loucuras usando o dinheiro público para proteger seus prazeres que ele e seu amante acabaram trucidados.

Não há nenhum indício de que Temporão esteja prevaricando. Entretanto, como Heliogábalo, ele anda muito mal assessorado. Afinal, desde quando se previne Aids ajudando os gays a praticar uma penetração anal mais prazeirosa? E não me venham com a falácia de suposta homofobia. Estamos aqui discutindo tão-somente a boa gestão do dinheiro dos nossos impostos.

GESTÃO TRANSVIADA

Recentemente, Temporão baixou uma norma mandando o SUS fazer cirurgia de mudança de sexo para os travestis. Com direito a dois anos de acompanhamento psicológico para o transsexual e para sua família, que está perdendo um filho, apesar de estar ganhando uma filha.

Falta dinheiro para transplantes. Falta dinheiro para cirurgias plásticas corretivas, como para crianças queimadas. Ninguém opta por necessitar de um coração, uma córnea, ou por deformar o corpo com o fogo. Os gays, por sua vez, insistem em dizer que o homossexualismo não seria uma distorção psicológica, mas sim uma opção, uma orientação. Se fosse uma psicopatia, então o Estado teria por dever dar tratamento. Mas é uma opção. Os travestis optaram por ser assim.

Então porque o Estado precisa pagar dois anos de tratamento psicológico para os transsexuais e seus pais? Se Temporão fosse um ministro sério, ofeceria acompanhamento psicológico também para os pais daquele garoto de três anos que morreu baleado pela PM do Rio -- cujo policial assassino dias atrás foi absolvido pela Justiça. Eles não optaram por perder o filho, morto por um agente do Estado. Eles sim, precisam de acompanhamento psicológico com dinheiro público.

MANIFESTO CONTRA A GAYSTAPO

A explicação mais plausível para essas opções de Temporão é que ele seja um ministro incompetente. Um fraco. Está sucumbindo ao lobby do Movimento GLS. Houve um tempo em que os homossexuais eram agredidos nas ruas. Depois passaram a ser apenas discriminados em seus empregos. Então surgiram movimentos em defesa dos direitos dos gays, lésbicas e assemelhados.

Organizaram as paradas gays, instituiram o tal Dia do Orgulho Gay, mobilizaram simpatizantes, fizeram lobby nos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, por direitos justos e legítimos, como plano de saúde para companheiros do mesmo sexo. Ao fim ao ao cabo, os movimentos gays deram uma enorme contribuição para a lapidação das instituições democráticas e o Estado de Direito.

Os gays mobilizados, enfim, têm sido tão importantes nesta virada de século para a afirmação dos princípios fundamentais da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, quanto o movimento sindical o foi em priscas eras.

Ocorre que de uns tempos para cá, pelo menos no Brasil, o que era um movimento está se transformando numa patrulha ideológica. As campanhas contra a discriminação se transformaram em pressão para que os adolescentes assumam suas porções femininas (ou masculinas, no caso das garotas). Está virando anomalia amar homens e mulheres -- agora só se pode amar "pessoas".

De vítimas, os gays estão se transformando em agressores. Se alguém acredita que ser gay não é o normal, que o normal é ser hetero, é logo taxado de homófobo. Tal qual Hitler com sua Gestapo, estão criando uma Patrulha do Pensamento, a Gaystapo.

Exagero? Homofobia? Ora, ora, lembro-me de um caso exemplar ocorrido meses atrás com o então-presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal. Ele é o homem de confiança da ministra Dilma Roussef no setor elétrico. Pois foram pedir R$ 2 milhões ao presidente de Furnas, Luis Paulo Conde, para o patrocínio da Parada Gay do Rio de Janeiro. Conde, titubeante, até pensou em dar o dinheiro. Mas Cardeal vetou.

Ora, desde quando uma estatal elétrica tem a ver com opção sexual? Se está sobrando dinheiro em Furnas, que patrocine escolas e postos de saúde para os desabrigados das barragens e outras vítimas sociais de suas ações predatória. Isso é o certo. Que patrocinem ações de recuperação do meio ambiente -- ou até mesmo ONGs ou seminários ambientais. Quem tem que patrocinar parada gay é a Johnson&Johnson, fabricante do KY do do Jontex, a Ambev ou a companhia marítima dona dos transatlânticos Eugenio C e Eugenio G.

Pois Valter Cardeal, num rasgo de sensatez, vetou a concessão da verba. Publiquei esse fato na imprensa. No dia seguinte, Cardeal foi alvo de passeadas, ameaças de processo e até de representação da Comissão de Direitos Humanos da OAB. A Gaystapo agiu rápido, implacável como os nazistas. Cardeal foi obrigado a pedir desculpas, voltou atrás e deu dinheiro para os gays. Foi um erro.

É provável que Temporão não esteja prevaricando, mas apenas sucumbindo à Gaystapo. É um ministro fraquinho, incompetente. Qualquer que seja a opção, é hora dos cidadãos que pagam impostos se manifestarem, de exigirem seriedade na gestão das verbas da Saúde. Instituir o Bolsa-Boiola é uma idéia que nem o imperador Heliogábalo teve o desplante de fazer.


EIS O EDITAL DO PREGÃO N.°142/2008

PROCESSO N° 25000.019579/2008-71

Tipo de Licitação: MENOR PREÇO
Data: 22/12/2008

Horário: 10:00 horas

Local: Esplanada dos Ministérios, Bloco “G”, Ed. Anexo, Ala “A”, Sala 423, Brasília/DF

A União, por intermédio da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos – CGRL da Subsecretaria de Assuntos Administrativos – SAA do Ministério da Saúde, mediante o Pregoeiro, designado pela Portaria nº 02, de 20 de maio de 2008, publicada no D.O.U do dia 21 de maio de 2008, torna público para conhecimento dos interessados que na data, horário e local acima indicados fará realizar licitação na modalidade de PREGÃO, do tipo menor preço, conforme descrito neste Edital e seus Anexos.

1. DO OBJETO

1.1. O presente Pregão tem por objeto a aquisição do produto abaixo, conforme Termo de Referência – Anexo I:

ITEM

PRODUTO

QUANTIDADE

01

Gel Lubrificante

15.000.000 de sachês

1.2. Os interessados em participar desta Licitação poderão obter este Edital na Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Ministério da Saúde, Anexo “A”, 4º andar, Hall, das 8h às 12h e das 14h às 18h, ou no site www.comprasnet.gov.br.


Texto adaptado de: http://www.cacp.org.br/movimentos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1915&menu=12&submenu=5

quinta-feira, 10 de março de 2011

Descobertas revolucionam conhecimento do cérebro

Plasticidade do conhecimento

Nosso cérebro não é mais aquele.

Pelo menos não é mais aquele que pensávamos que fosse.

Uma sequência de descobertas científicas, divulgadas ao longo das últimas semanas, está mudando a forma como o cérebro humano é visto e compreendido.

E, por decorrência, como devemos lidar com ele.

Você acha que o cérebro é dividido em áreas especializadas para processar cada um dos sentidos físicos? Você acredita que a dopamina seja o neurotransmissor do bem-estar? Você aprendeu que os neurônios comunicam-se em um sentido único? Então é melhor se atualizar.

Descobertas revolucionam conhecimento do cérebro
Só muito recentemente os cientistas começaram a destruir a metáfora do cérebro como um computador, ao descobrir que os neurônios individuais têm poder computacional. [Imagem: Tiago Branco/Hausser Lab: UCL]

Neurônios e axônios

Tudo começou quando Costas Anastassiou e seus colegas do Caltech (EUA) descobriram que os neurônios podem se comunicar diretamente à distância, usando campos elétricos e dispensando as sinapses.

Contudo, mesmo nas sinapses, a coisa é mais complicada do que se acreditava.

Os neurônios são complicados, é certo, mas seu conceito básico é o de que as sinapses transmitem sinais elétricos para os dendritos e o corpo celular (entrada), e os axônios passam os sinais adiante (saída).

Pelo menos isto é o que está nos livros-texto. Mas é melhor parar as máquinas e começar a reescrever os livros-texto.

Em um achado surpreendente, Nelson Spruston e seus colegas da Universidade Northwestern (EUA) descobriram agora que os axônios podem operar no sentido inverso: eles também podem enviar sinais para o corpo celular.

Ou seja, os axônios também conversam entre si.

E não apenas isso: antes de enviar os sinais na contra-mão, os axônios podem realizar suas próprias computações neurais, sem qualquer envolvimento do corpo celular ou dos dendritos.

Isto contraria frontalmente o modelo da comunicação neuronal adotado hoje, onde o axônio de um neurônio está em contato com o dendrito ou com o corpo celular de outro neurônio, e não com o axônio desse outro neurônio.

Ao contrário dos cálculos realizados nos dendritos, os cálculos que ocorrem nos axônios são milhares de vezes mais lentos - provavelmente um mecanismo para que os neurônios calculem coisas mais urgentes nos dendritos e usem os axônios para as coisas mais lentas.

O impacto da descoberta é direto e contundente: os cientistas precisam saber em detalhes como um neurônio normal funciona para descobrir o que está dando errado quando surgem doenças como epilepsia, autismo, Alzheimer ou condições como a esquizofrenia.

Descobertas revolucionam conhecimento do cérebro
Outro estudo recente apoiou a "hipótese do cérebro social", uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa. [Imagem: Washington irving/Wikimedia]

Áreas do cérebro

Amir Amedi e seus colegas da Universidade de Jerusalém estavam mais interessados em uma parte específica do cérebro, a parte responsável pela visão.

E suas descobertas questionam a atual paradigma das neurociências, que estabelece que o cérebro é dividido em zonas, cada uma responsável pelo processamento de sinais específicos.

Os cientistas descobriram que a parte do cérebro que se acredita ser responsável pela leitura visual - a parte do seu cérebro que está sendo acionada enquanto você lê este texto - nem mesmo precisa da visão.

Ao monitorar o cérebro de pessoas cegas enquanto elas liam textos em Braille, os cientistas verificaram que as imagens de ressonância revelam atividade exatamente na mesma parte do cérebro que é acionada quando leitores não-deficientes leem usando os olhos.

Mais uma alteração à vista para os livros-texto, uma vez que hoje é largamente aceita a noção de que o cérebro é dividido em regiões, cada uma especializada no processamento de informações vindas através de um determinado sentido - visão, tato, paladar etc.

"O cérebro não é uma máquina sensorial, embora muitas vezes ele se pareça com uma; ele é uma máquina de tarefas," propõe o Dr. Amedi, ainda sem se desvencilhar mecanicismo.

Segundo a proposta do pesquisador, cada área cérebro faria uma tarefa determinada, sem vinculação a um sentido específico. Assim, a área da leitura visual seria ativada esteja você lendo um livro com os olhos, um texto em Braille com os dedos ou mesmo relembrando o parágrafo de um texto que você está tentando decorar.

O Dr. Amedi aproveitou para dar uma espetada nas visões mais estreitas da evolução. Ao contrário de outras tarefas que o cérebro executa, a leitura é uma invenção recente, com pouco mais de 5.000 anos de idade. O Braille tem sido usado há menos de 200 anos.

"Isso não é tempo suficiente para que a evolução tenha moldado um módulo do cérebro dedicado à leitura," disse ele.

Descobertas revolucionam conhecimento do cérebro
Em vez de uma organização hierárquica, como se acreditava, o cérebro parece se organizar como os computadores que formam a internet, de forma distribuída. [Imagem: USC]

Centro de recompensas e dopamina

O trabalho de um grupo de cientistas da Universidade da Geórgia (EUA) e da Universidade Normal da China Oriental se concentrou em outra área do cérebro, o chamado centro de recompensas.

O centro de recompensas, juntamente com o neurotransmissor dopamina, tem sido usado pela neurociência e pela psiquiatria para explicar inúmeras condições em que o indivíduo se guia pela busca do prazer - entre eles vícios, dependência química e inúmeros comportamentos.

Mas parece que o centro de recompensas vai precisar de um outro nome.

Joe Tsien e seus colegas demonstraram que essa área do cérebro responde também às experiências ruins.

Esteja você comendo chocolate ou caindo de um prédio - ou mesmo pensando em uma dessas coisas - a dopamina será produzida do mesmo jeito.

Os cientistas estudaram os neurônios de dopamina na área tegmental ventral do cérebro de camundongos, amplamente pesquisada por seu papel na chamada motivação relacionada à recompensa - mais conhecida como dependência química.

Eles descobriram que essencialmente todas as células apresentaram alguma resposta tanto a experiências boas como a experiências ruins - na verdade, um evento que induz o medo disparou 25% dos neurônios, produzindo uma enxurrada de dopamina.

"Nós acreditávamos que a dopamina estivesse sempre envolvida na recompensa e no processamento de sensações de bem-estar," disse Tsien. "O que descobrimos é que os neurônios de dopamina também são estimulados e respondem a eventos negativos."

Cérebro que se constrói

Descobertas como estas podem impulsionar a compreensão do cérebro porque, munidos de descrições mais fiéis da realidade, os cientistas podem iniciar experimentos com resultados mais promissores.

O exemplo clássico é o da descoberta da plasticidade do cérebro. Por muito tempo se acreditou que o cérebro possuía um número fixo de neurônios, que só faziam morrer ao longo da vida, sem reposição.

A descoberta de que o cérebro é altamente adaptável levou a descobertas como a de que as mudanças no cérebro podem ser induzidas voluntariamente, dando sustentação a novas pesquisas na área de psicoterapia e meditação, entre outras, abrindo caminho para terapias não-medicamentosas de alta eficácia.

Mas há muito a se fazer. Apesar de continuar avançando no entendimento da "troca de dados" entre os neurônios, os cientistas ainda sabem pouco sobre a linguagem que o cérebro usa nesses dados - é como se conseguíssemos detectar os 0s e 1s dos computadores mas não soubéssemos como transformá-los em letras e números.


http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=descobertas-revolucionam-conhecimento-cerebro&id=6222

quinta-feira, 25 de março de 2010

O governo de São Paulo e o crime contra a saúde pública

Escrito por Benedito Augusto de Oliveira, Presidente do SindSaude-SP

Enquanto os trabalhadores e usuários da saúde no estado de São Paulo adoecem e morrem por falta de condições dignas de trabalho e atendimento, mais de R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais) da verba SUS destinados à saúde paulista foram desviados para outras áreas do governo. Foram parar no mercado financeiro mais de R$ 77.800.000,00.

A falcatrua, descoberta pelo Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS / Ministério da Saúde) e noticiada pela revista Carta Capital (veja anexo), foi cometida também pelos governos de Minas e Rio Grande do Sul. Mas foi no Distrito Federal que os auditores descobriram o esquema e passaram a investigar outros estados. Não por mera coincidência, mas por convicções ideológicas, todos da mesma coligação partidária PSDB/DEM.

Enquanto nossos governadores gerenciam verba pública como se fosse dinheiro privado, os trabalhadores estaduais da saúde tomam o tal choque de gestão moderna, se alimentando desde o ano 2000 com R$ 4,00 (quatro reais) - valor do vale-refeição pago pelo Governo Serra no estado mais rico do país.

A duras penas, o SindSaúde-SP vem buscando negociação para repor as perdas salariais dos trabalhadores da saúde. Em 2009, após uma longa rodada de negociação iniciada em 2007, primeiro ano do Governo Serra, chegou-se a um acordo de reestruturação da carreira da saúde e o compromisso de aprovação antes do encerramento do ano legislativo. Não cumpriu a palavra e agora em 2010 alega falta de verba. Será que a verba reservada estava aplicada e minguou na crise financeira internacional?

O Governo do Estado também bate na tecla da meritocracia. Como medir a produtividade numa saúde sucateada? O que é produtivo? Número de consultas, usuários atendidos, transplantes realizados, medicamentos entregues? A remuneração por meio bônus, além de critérios obscuros em condições precárias, só tem levado a disputas desleais entre os trabalhadores em detrimento de uma atividade eminentemente de equipe.

Em São Paulo também corre solta a terceirização dos serviços públicos de saúde para entidades privadas, cadastradas como organizações sociais de saúde sem fins lucrativos. Na prática é dinheiro público transferido para entes privados que têm autonomia para fazer o que bem entende da verba, inclusive aplicações no mercado financeiro.

O SindSaúde-SP vem denunciando a terceirização desde o início do processo na saúde estadual na década de 90. Em 2007, lançou o Dossiê da Terceirização dos Laboratórios expondo o esquema que foi montado na área. Um dos casos foi a terceirização dos serviços laboratoriais do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. A mobilização dos trabalhadores junto com o sindicato conseguiu reverter em parte o processo para bem dos paulistas que pouco tempo depois se viu em meio a uma pandemia de gripe suína que a saúde privada não estava preparada para dar solução e todo o serviço foi centralizado nas mãos dos especializados e experientes profissionais do IIER que poderiam ter sido transferidos ou “encostados” em outros setores em função da terceirização. Esse esquema como de outros serviços e unidades inteiras terceirizadas sofre questionamento nos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

Os Conselhos Nacional e Estadual de Saúde bem como as Conferências de Saúde já se posicionaram contra a terceirização da saúde. O Governo de São Paulo não acatou tal decisão. Não respeita o controle social. Agora no caso denunciado pelo Denasus, a Secretaria da Saúde de São Paulo diz que o Conselho Estadual fiscaliza e acompanha a execução orçamentária e financeira da saúde no estado. O SindSaúde-SP afirma que isso não é verdade e vai pautar a questão no Conselho Estadual de Saúde.

Enquanto nosso governador distrai a população com um seu trololó de melhor ministro da saúde que o país já teve, a rede estadual de saúde desmorona junto com as obras do metrô, do rodoanel e das enchentes, parando somente nos infindáveis pedágios e nos funerais dos mortos pela dengue, gripe suína e violência generalizada que tomou conta do estado por falta de gestão dos serviços públicos essenciais à população.


Esses politicos corruptos só merecem isto mesmo!


Fonte: http://www.cut.org.br/content/view/19233/

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A cura do câncer


A cura do câncer

Se um dia você ouvir que foi encontrada a cura do câncer, não leve a sério.
O que chamamos de câncer é, na verdade, um conjunto de mais de cem doenças que, em comum, têm apenas a célula maligna. Não só os tumores originados nos diversos órgãos apresentam características próprias, como aqueles oriundos de um mesmo tecido evoluem de forma variável em cada indivíduo. Por exemplo: estima-se que para um câncer de mama atingir 1cm de diâmetro pode levar de dois a 17 anos, conforme o caso. Há tumores que se disseminam pelo organismo antes de serem detectáveis pelos exames radiológicos mais sensíveis, enquanto outros de aparência idêntica, operados quando já mediam 5cm, nunca se espalham.
É evidente que a escolha do tratamento precisa levar em conta todas essas peculiaridades. Para tanto, é fundamental identificarmos fatores prognósticos: conjunto das características que dão idéia da gravidade do quadro e da probabilidade de resposta à terapêutica.
Na década de 1970, sugiram os primeiros estudos cooperativos internacionais. Neles, pesquisadores de vários centros reúnem em pouco tempo centenas, milhares de pacientes com o mesmo tipo de câncer, divididos de acordo com determinados fatores prognósticos, para distribuí-los ao acaso com a finalidade de receber esquemas de tratamento que serão comparados estatisticamente no final. Esses estudos provocaram uma revolução na cancerologia. Decidir a melhor forma de tratar alguém deixou de depender exclusivamente da impressão subjetiva do médico.

Hoje, por mais promissora que seja uma droga, só será aprovada para uso clínico caso demonstre eficácia nesses estudos internacionais com milhares de pacientes. Como conseqüência, dispomos de medicamentos bem avaliados, com índices de resposta previsíveis e toxicidade conhecida. Esse processo, no entanto, é caro e demorado. A indústria farmacêutica calcula que são necessários no mínimo dez anos de pesquisa para lançar um novo produto no mercado, a um custo médio de um bilhão de dólares.
Para complicar, a experiência mostra que cada medicamento descoberto ajuda a curar apenas certos subgrupos de pacientes e a prolongar por mais alguns meses a sobrevida dos incuráveis.
Todos os tumores avançados que curamos nos dias atuais exigem combinações de várias drogas, freqüentemente associadas a modalidades como cirurgia e radioterapia.

Cenário atual
Este é o cenário atual: a sociedade exige remédios eficazes e seguros, mas eles consomem tempo e dinheiro para provar sua utilidade. Num congresso internacional realizado neste mês na cidade americana de New Orleans, um pesquisador fez o cálculo de quanto gastaria um doente com câncer de intestino avançado que vivesse 18 meses à custa do uso dos principais antineoplásicos disponíveis: US$ 250 mil, sem contar gastos com analgésicos, exames, consultas ou internações! - "Que país poderá pagar essa despesa?" - perguntou ele.
Tradicionalmente, os avanços tecnológicos ficam mais baratos à medida que se popularizam. Entretanto, isso não acontece com a maioria dos medicamentos usados em oncologia; eles entram no comércio a um preço elevado para serem logo substituídos por inovações mais caras ainda.

Prevenção e diagnóstico precoce
Como não viveremos as décadas necessárias até a ciência descobrir e testar todas as drogas necessárias, o que fazer para não morrermos de câncer?
Antes de tudo, lembrar que essa é uma doença passível de prevenção: perto de 40% dos casos são provocados por cigarro. Vida sedentária, consumo exagerado de álcool, dietas pobres em vegetais e ricas em alimentos altamente calóricos que levam à obesidade são responsáveis por mais 30% (só para citar as causas evitáveis mais importantes).
Mas, como nos defender dos tumores que surgem ao acaso ou por predisposição genética?
Nessas situações, a única solução é o diagnóstico precoce. Alguns exames, como a mamografia, permitem evidenciar tumores antes de atingirem 1cm, apresentação curável em quase 100% dos casos. Outros, como a colonoscopia, permitem não apenas visualizar o intestino por dentro e surpreender tumores iniciais, como retirar lesões na fase pré-maligna para evitar sua progressão.

Estudo das proteínas
Quanto às neoplasias para as quais não existem métodos preventivos, a solução virá com o estudo das proteínas. Os tumores malignos às vezes aumentam a produção de certas proteínas normalmente excretadas pelos tecidos normais. A detecção delas na corrente sangüínea permite o diagnóstico precoce: é o caso do PSA, o exame para detectar o câncer de próstata.
Nos tumores em que ainda não foram identificadas proteínas desse tipo, a ciência básica deverá desenvolver todo esforço para fazê-lo. A tarefa é achar uma agulha no palheiro: encontrar, no meio de cerca de um milhão de proteínas presentes no sangue, qual delas foi produzida especificamente pela célula tumoral. O conhecimento para tanto está disponível, o que falta é um Projeto Proteinoma de cooperação internacional, como foi o Projeto Genoma que identificou todos os genes humanos em 12 anos.
O conhecimento dessas proteínas exclusivas das células malignas possibilitará inquéritos populacionais com a finalidade de identificar os indivíduos que correm risco de apresentar câncer, de modo a surpreendê-lo na fase inicial. Permitirá ainda avaliar a agressividade de cada caso e a probabilidade de resposta ao tratamento proposto, para evitar o que acontece atualmente: tratarmos cem doentes com esquemas tóxicos, caríssimos, que beneficiarão apenas vinte.


Texto retirado de:

http://www.drauziovarella.com.br/artigos/curadocancer.asp





segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Retrato da Saúde Pública no Brasil

Como esta a saude no Brasil

O que posso falar sobre a saúde brasileira? Será que ela está suja e imunda como os nossos políticos? Pois, é! A saúde publica de nosso país vai de mal a pior! Já tentamos de vários artifícios, mas nada muda.

Eu ainda acho que a política corrupta e a saúde decadente são frutos da própria falta de movimentação do povo brasileiro, que só sabe reclamar, mas na hora do “vamos ver” abaixa a cabeça e aceita tudo. Está na hora da nossa população se resolver! Ou abaixar a cabeça e ver todos os políticos “metendo a mão” no dinheiro publico, ou damos um basta e fazemos algum movimento geral! Com certeza, se o povo todo se mexer, o governo vai aceitar, pois fomos nós que colocamos eles no poder, para eles nos representarem, enquanto isso, eles fazem emendas para aumento dos próprios salários e os cartões corporativos nunca foram tão usados. Vamos lá mexa-se, faça alguma coisa, ou então viveremos o resto de nossas vidas submissos àqueles que nós mesmos demos o poder!

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domingo, 18 de outubro de 2009

Sem Saude - Gabriel O Pensador

Pelo amor de Deus alguém me ajude!
Eu já paguei o meu plano de saúde mas agora ninguém quer me aceitar
E eu tô com dô, dotô, num sei no que vai dá!
Emergência! Eu tô passando mal
Vô morrer aqui na porta do hospital
Era mais fácil eu ter ido direto pro Instituto Médico Legal
Porque isso aqui tá deprimente, doutor
Essa fila tá um caso sério
Já tem doente desistindo de ser atendido e pedindo carona pro cemitério
E aí, doutor? Vê se dá um jeito!
Se é pra nós morrê nós qué morrê direito
Me arranja aí um leito que eu num peço mas nada
Mas eu num sou cachoro pra morrer na calçada
Eu tô cansado de bancar o otário
Eu exijo pelo menos um veterinário
Me cansei de lero lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar...
"Doutor, por favor, olha o meu neném!
Olha doutor, ele num tá passando bem!
Fala, doutor! O que é que ele tem!?"
- A consulta custa cem.
"Ai, meu Deus, eu tô sem dinheiro"
- Eu também! Eu estudei a vida inteira pra ser doutor
Mas ganho menos que um camelô
Na minha mesa é só arroz e feijão
Só vejo carne na mesa de operação
Então eu fico 24 horas de plantão pra aumentar o ganha pão
Uma vez, depois de um mês sem dormir, fui fazer uma cirurgia
E só depois que eu enfiei o bisturi eu percebi que eu esqueci da anestesia
O paciente tinha pedra nos rins
E agora tá em coma profundo
A família botou a culpa em mim
E eu fiquei com aquela cara de bunda
Mas esse caso não vai dar em nada
Porque a arma do crime nunca foi encontrada
O bisturi eu escondi muito bem: Esqueci na barriga de alguém
Me cansei de lero lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cancei de escutar...
Socorro! Enfermeira! Urgente!
Tem uma grávida parindo aqui na frente!
...Ninguém me deu ouvidos
E eu dei um nó no umbigo do recém-nacido
Mas o berçario tá cheio então eu fico com o bebê no meu colo aqui no meio da rua
E lá dentro o doutor tá botando o paciente no colo:
- "Por favor, fique nua!"
(Quê isso doutor?! Tem certeza?)
- "Confie em mim. É terapia chinesa. Tira a roupa!"
(Mas é só dor de dente)
- "Então abre a boca! (Ahhh) Beleza!"
(Ai, doutor, tá doendo!)
- "É isso mesmo, o que arde cura"
(Não! Pára! Não! Pára doutor! Não pára, doutor! Ai... Que loucura!!!)
- "Pronto, passou, tudo bem. Volta na semana que vem!"
Ela vai voltar pra procurar o doutor
Essa vai voltar, pode escrever!
Mas só daqui a nove meses, com um filho da consulta na barriga querendo nascer
Me cansei de lero lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar...
Que calamidade!
Dos bebês que nascem virados pra lua e conseguem um lugar na maternidade
A infecção hospitalar mata mais da metade
E os que sobrevivem e não são sequestrados devem ser tratados com todo o cuidado
Porque se os pais não tem dinheiro pra pagar hospital uma simples diarreia pode ser fatal
- "Come tudo, meu filho, pra ficar bem forte"
(Ah, mãe! Num aguento mais farinha!)
- "Mas o quê que tu quer? Se eu num tenho nem talher?"
(Pô, faz um prato diferente, maínha!)
- "Eu ia fazer a tal da 'autopsia' mas eu não tenho faca de cozinha!!"
Tá muito sinistro! Alô, prefeito, governador, presidente, ministro, traficante, Jesus Cristo, sei lá...
Alguma autoridade tem que se manifestar!
Assim num dá! Onde é que eu vou parar?
Numa clínica pra idosos? Ou debaixo do chão?
E se eu ficar doente? Quem vem me buscar?
A ambulância ou o rabecão?
Eu Tô sem segurança, sem transporte, sem trabalho, sem lazer
Eu num tenho educação, mas saúde eu quero ter
Já paguei minha promessa, não sei o que fazer!
Já paguei os meus impostos, não sei pra quê?
Eles sempre dão a mesma desculpa esfarrapada:
"A saúde pública está sem verba"
E eu num tenho condições de correr pra privada
Eu já tô na merda.

Link da Musica Abaixo

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